quarta-feira, 2 de março de 2011

Você é capaz de achar um caroço no seio?



A convite dA Revista CLAUDIA, 100 mulheres procuraram nódulos numa mama de plástico que copia a textura da original. Menos da metade delas encontrou os três caroços possíveis.
Mais um motivo para eleger sua maior aliada na detecção precoce do câncer de mama: a mamografia .
É hora de celebrar. Faltam menos de três meses para entrar em vigor a lei que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer mamografia anual gratuitamente a partir dos 40 anos (hoje, o exame é oferecido apenas a partir dos 50 e somente a cada dois anos).
Alguns números nos fazem entender o tamanho dessa conquista. No Brasil, o câncer é a segunda causa de morte entre as mulheres, sendo o de mama o mais letal, com 10 mil mortes por ano.
Em 2008, cerca de 50 mil novos casos foram diagnosticados, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Nos últimos dez anos, campanhas maciças de prevenção alardearam a eficácia de apalpar os próprios seios em busca de caroços – o famoso autoexame, que 82% das brasileiras consideram o método mais eficaz para detectar o câncer de mama no estágio inicial da doença, segundo uma pesquisa realizada no ano passado pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama). Problema: essa percepção é distorcida. Na verdade, o caminho mais seguro para detectar lesões precocemente é a mamografia, uma radiografia capaz de encontrar tumores com poucos milímetros, citada por apenas 35% das entrevistadas.
E será que as brasileiras saberiam ao menos checar a mama corretamente? Com um protótipo cedido pelo Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama/RS), a reportagem de CLAUDIA saiu às ruas de Porto Alegre para testar a habilidade de 100 mulheres, convidadas aleatoriamente.
O Rio Grande do Sul foi escolhido por ter sido o primeiro estado brasileiro a lançar uma campanha de tolerância zero à morte pelo câncer de mama, em 2007.
A Mamamiga, como é chamada a peça didática, imita a textura do seio e dividese em quadrantes, nos quais se escondem dois caroços redondinhos e móveis (no quadrante C) e um nódulo de formato irregular e fixo (no D). Embora 100% das entrevistadas tenham descoberto pelo menos um nódulo – todos relativamente salientes –, só 48% conseguiram sentir os três.
A melhor notícia é que 79% encontraram o nódulo do quadrante D, justamente aquele que mais tem características de tumor maligno, segundo a mastologista Maira Caleffi, de Porto Alegre, presidente da Femama. “É importante dizer que a Mamamiga é mais fácil de examinar do que a mama real, pois esta apresenta modificações durante o mês”, ressalta ela. Esses números preocuparam a especialista: se a detecção fosse melhor, a cura seria mais provável.
Quando detectado no começo, o câncer de mama tem 95% de chance de cura.
Fonte : Revista Claudia - http://claudia.abril.com.br

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